Existem várias causas para o mau hálito. Em mais de 95% dos casos, não é médico que faz diagnóstico e tratamento, mas sim o cirurgião-dentista especializado em halitose. Ao contrário do que diz o senso comum, não é o otorrinolaringologista que deve ser o primeiro profissional a ser lembrado.
Para estar apto a tratar halitose, um dentista precisa cumprir os critérios da Associação Brasileira de Halitose (ABHA). Os principais são: ser cirurgião-dentista; ter realizado dois cursos diferentes de qualificação da associação; seguir as normas do Estatuto, Regimento Interno e Código de Ética da ABHA.
O profissional qualificado tem pleno preparo para realizar o protocolo, que começa desde o atendimento inicial ao cliente até o tratamento.
Atendimento inicial: empatia e discrição são imprescindíveis. Muitas vezes o paciente já foi a vários profissionais que não conseguiram ajudar com o problema e, por isso, já trazem consigo impactos psicológicos.
Diagnóstico: existem exames e testes específicos que precisam ser feitos para chegar a um diagnóstico correto. Sem esses recursos, não é possível chegar a uma causa.
Tratamento: se a causa for algum problema bucal, como periodontite e saburra lingual, o tratamento já é feito pelo dentista, que também faz algumas recomendações sobre hábitos que precisam ser mudados. Se a causa for alguma doença sistêmica, o dentista faz o encaminhamento ao especialista. Em alguns casos, é preciso contar com um tratamento multidisciplinar.
Se você sofre ou conhece alguém que sofre com o problema, o primeiro passo é procurar no site da ABHA um profissional apto para tratar a halitose. Faça isso e não perderá mais tempo com soluções milagrosas e que não têm efeito algum.