Pode ser difícil acreditar ou entender essa relação, mas o fato é que ela existe. É comum pessoas com diabetes apresentarem um hálito cetônico, um odor que pode ser comparado ao cheiro de frutas envelhecidas.

Ele acontece quando o nível de glicose do corpo está baixo ou alto demais, variação comum em diabéticos. O hálito cetônico é tão caracteristico que ele pode levar o dentista especializado em halitose a encaminhar o paciente a um médico para fazer uma análise e diagnóstico. 

O que é essa tal cetona?

Quando o nosso organismo “nota” a falta de glicose, ele começa a armazenar energia. Mas o corpo precisa de energia para funcionar. Então, ele começa a queimar a gordura armazenada. Esse processo é chamado de cetose e confere um cheiro característico liberado pela respiração.  

Como evitar?

O ideal é manter as taxas em dia. O jejum prolongado, mesmo em pessoas não diabéticas, também pode causar o hálito cetônico. A baixa ingestão de carboidratos também – daí a origem da dieta cetônica. 

Além do mau hálito, existem outros motivos para controlar a glicemia. A diabetes deixa a pessoa mais propensa a desenvolver outros problemas bucais, como boca seca, periodontia, lesões na mucosa, afta e até cárie.

Portanto, o mais recomendado é fazer acompanhamento constante com um dentista.Tomar bastante água e fazer uma higiene bucal super cuidadosa também pode ajudar. Um dado preocupante é que metade das pessoas com diabete não sabe que tem a doença, o que dificulta os cuidados e pode levar a problemas graves.

Os pacientes diabéticos possuem um tratamento diferenciado por nós, dentistas. A indicação de medicamentos específicos, medição da pressão e cuidados pré-cirúrgicos são primordiais. O implante, por exemplo, precisa ser realizado no momento certo, com a glicose controlada, a fim de evitar agravamentos.

Cuidar da saúde deve fazer parte da rotina. Se você é diabético, então, essa rotina deve ser ainda mais detalhada e cuidadosa. Se você não é diabético e costuma sentir muita sede e fazer muito xixi, procure um médico. Esses são os sintomas mais característicos da doença, que vem crescido muito ao longo dos anos em todo o mundo.